Labrador Retriever                                                                   Voltar ao PetShare





O Labrador Retriever é dotado de um bom olfato, característica que fez com que a polícia, exército e alfândega se interessassem por ele. Tem uma grande capacidade para detectar qualquer tipo de objetos e substâncias, por isso é utilizado para encontrar drogas e explosivos e, dentre outras funções, já ajudou na busca de sobreviventes em escombros.

Origem

Especula-se que o Labrador Retriever seja proveniente da ilha de Terra Nova, onde os antepassados dessa raça eram utilizados para caça no século XVIII. Um século depois, foi exportado para a Grã Bretanha e os aristocratas o usaram principalmente como cão condutor e de luta. No começo do século XX os padrões da raça foram estabelecidos e hoje em dia se tornou um mascote bem comum. Seus antepassados caçadores não se perderam e esse cão tem estado há muito tempo exercendo o trabalho de cão de caça de faisões, de patos e outras aves selvagens.

Comportamento

O Labrador Retriever é um cão energético, complacente e carinhoso com seus companheiros. É obediente e se adapta bem à vida familiar, precisa estar integrado a ela. É dotado de uma grande memória e é fácil de adestrar. Gosta de brincar com as crianças e sapatear na água. Não gostam de solidão e indiferença, se passam muitas horas sozinhos podem causar algum desastre.

Aspecto

É um cão forte, compacto, largo e de costas curtas. Tem extremidades bem desenvolvidas e esqueleto forte. Seus pés são compactos e redondos, o que os ajuda a serem bons nadadores. As orelhas são caídas perto da cabeça e tem uma cauda grossa na base, que vai afinando progressivamente. Está recoberto por pelos curtos, densos e ásperos, que são impermeáveis e podem ser pretos, marrom ou caramelo.

Cuidados específicos

Essa é uma raça muito ativa e precisa ter passeios e jogos regulares proporcionais à sua atividade. O exercício faz parte de seu bem estar tanto físico (porque ele tende ao sobrepeso) quanto mental. Se o cão fica entediado isso pode se manifestar com uma conduta destrutiva.
Escovar é bom para tirar o pelo morto e manter sua pelagem saudável e brilhante, não sendo necessário ser escovado com muita frequência.

Saúde

Alguns problemas de saúde do Labrador Retriever surgiram por sua popularidade e cruzamentos consanguíneos para aumentar as crias da raça. A displasia coxofemural e de cotovelo, a atrofia progressiva de retina e a epilepsia são os males mais comuns.


História do Labrador Retriever


É frequente, hoje em dia, nos referirmos a essa raça simplesmente como Labrador, apesar de no geral isso ser incorreto. Ele é um recuperador de caça (retriever, em inglês). O Labrador Retriever, um importante membro do grupo dos cães de caça, é um caçador profissional. O Labrador Retriever como mascote procede de cães caçadores que trabalharam duro e que podiam passar horas e mais horas com aves de caça das terras do Norte, sobre terrenos irregulares.

Ainda que o seu Labrador mascote só te traga chinelos e jornais de domingo, é importante saber que seus avós perseguiam faisões, patos e outras aves selvagens.
Para conhecer as origens da raça, devemos nos fixar na península de Labrador, mais exatamente na ilha que fica em sua costa sul, conhecida como Terra Nova. A rica história da ilha, habitada em suas origens por esquimós de Dorset, remota ao século XV. De qualquer forma, não foi até o século XVII quando se converteu no refugio de pescadores selvagens.

Acredita-se que esses pescadores nadaram até a ilha depois de abandonarem seus barcos que passavam perto dela. Como pescadores tendem a ser espíritos livres, a ilha continuou sem leis nem governo de nenhum tipo durante os séculos seguintes, apesar de ser habitada por esses homens.

Os primeiros cães da ilha de Terra Nova remetem a esses pescadores, já que não existem registros de que os esquimós tiveram cães e nem havia nenhum ali quando os pescadores chegaram. O Labrador Retriever foi chamado faz tempo de Cão Menor de Terra Nova, pois se supunha que ele era parente da raça de cães Terranova. Mas os cães dessa raça são maiores, com pelagem mais abundante, com ossos fortes e mostram muito a influência de suas origens Mastin. Ainda assim, tanto o Terranova quanto o Labrador Retriever compartilham uma característica única: os dedos palmeados.

O terreno e o clima de Terra Nova são severos, e isso requer um cão que tenha apoio firme nos pés, possua resistência e capacidade de flutuar. O tamanho do Labrador importava muito, já que era necessário um cão pequeno que pudesse caber sem problemas em seus barcos. Os pés palmeados deste cão nos falam de sua boa capacidade para nadar, inclusive nas águas geladas e inóspitas do Atlântico Norte.

Entre as outras características dos Labradores modernos adequadas para um cão forçado a sobreviver nas brutais costas de Terra Nova, está a pelagem espessa e impermeável, tão necessária para sobreviver naquelas condições.

Outra característica importante é seu peito largo, necessário para nadar nas fortes ondas e correntezas do Atlântico Norte. Como a ilha é rica em caça, os pescadores podiam usar seus cães para variar e completar sua dieta com as aves da ilha. Os habitantes de Terra Nova importaram cães de caça de qualidade da Inglaterra, ainda que houvessem diferenças quanto ao tipo, pois a divisão entre tipos de cães de caça veio muito tempo depois.

Os Labradores não eram os únicos cães que haviam na ilha, já que os colonos traziam exemplares de outros tipos. De todas as formas, na medida que a reputação deles foi crescendo, os outros cães começaram a ser substituídos por eles. Como a disposição e habilidade do Labrador eram tão respeitadas, os caçadores e os esportistas o consideraram seu favorito. Os cães recuperadores de caça substituíram os Pointers e os Setters, que antes haviam acompanhado esses esportistas e caçadores.

Apesar do Labrador Retriever que conhecemos hoje em dia ter três cores aceitáveis, os cães de Terra Nova eram principalmente negros. Esses pequenos cães negros foram às vezes chamados de “Cães de Água de San Juan” e diziam que era melhor que qualquer outro cão para caça, sem dúvidas.

Um fato frustrante para os entusiastas dessa raça é que os habitantes de Terra Nova não conservavam registros dos cães em quem confiavam tão cegamente. A sobrevivência naquela ilha desolada era uma ocupação tão intensa e esforçada que não sobrava tempo livre para qualquer registro.

O segundo e terceiro conde de Malmsbury tem o mérito de ter exportado esses famosos cães para a Grã Bretanha. O terceiro conde, o criador pioneiro desses cães, recebe o mérito de ter trocado o nome de “Pequenos Cães de Terra Nova” para Labrador Retriever.

Esses aristocratas e outros como eles mantiveram a pureza da raça fazendo com que cruzassem apenas com cães trazidos de Terra Nova, já que eram excepcionais por suas habilidades na natação, recuperar a caça e na luta.

Também se diz que não importa com que raça eles cruzasse, os filhotes costumavam manter o aspecto de um Labrador: negro, com pelos curtos, uma cauda que não se enroscava e patas palmeadas.

Em 1870, a raça foi descrita como simétrica e elegante, e seu temperamento era elogiado e considerado com um requisito para sua utilidade. Não há duvida que o compromisso dos primeiros criadores de conseguir um temperamento digno de confiança para eles contribuiu para a enorme popularidade da raça como cachorro de família.

Em 1903, o Labrador Retriever foi reconhecido como cão de raça pelo Kennel Club e no ano seguinte foi classificado dentro do grupo de cães de caça. Existe uma confusão nos registros desses primeiros tempos, porque alguns cães eram chamados de “Golden” e outros “Labrador”, mas sem nenhuma indicação a respeito do tamanho de seus pelos.

Assim, os “Golden Retrievers” poderiam realmente ser apenas Labradores Retrievers de cor caramelo. Este foi o começo dos tempos do entusiasmo por cães de raça pura. Deve-se dizer que hoje em dia muitas pessoas não sabem diferenciar um Labrador caramelo de um Golden Retriever.

Os melhores Labradores caramelo nos levam a um cão chamado Bem of Hyde, que nasceu em 1899. Foi criado com várias excelentes fêmeas negras e seus genes estão fixados firmemente nos canis em que se criam os melhores Labradores caramelo de toda Inglaterra. Ainda que os cães negros predominem sobre as outras cores, o período pós Segunda Guerra Mundial marcou um aumento na popularidade de Labradores caramelo.

A família real britânica esteve associada durante muito tempo ao Labrador. O rei Jorge VI e a rainha Isabel I apoiaram os Labradores nas exposições através de seu canil chamado Wolverton (atualmente chamado Sandrigham). O rei inscreveu alguns cães na exposição canina de Crufts nos anos 20 e 30. A rainha inscreveu seus próprios cães nas provas de campo (para mostrar o tipo de pessoas que se sentiam atraídas nesse tipo de provas na Inglaterra).

Hoje em dia a família real britânica segue dando apoio às provas de campo, e o campeonato anual acontece em sua propriedade de caça de Sandrigham, em East Anglia. O único campeonato canino que rainha assiste é o Campeonato Britânico de Retriever, que acontece em dezembro.


Características do Labrador Retriever


Apesar do talento do Labrador Retriever, que sempre são os melhores competidores tanto em provas de campo como nas de obediência, esta raça é só “canina”. Com isso, queremos dizer que o Labrador não é um “super cão”. Mary Feazell, uma admiradora e adestradora de Labradores, afirma que 95% do que o cão pode chegar a ser depende do dono e apenas 5% depende do próprio cachorro.

É uma enorme responsabilidade para o dono desse cão fabulosamente talentoso. São poucas as coisas que um Labrador não consegue aprender. Alguns reconhecem centenas de palavras e podem executar dezenas de ordens. Feazell disse que “Sendo realistas, os Labradores nadam bem, mas não podem andar sobre a água”.

Um Labrador Retriever precisa de um dono que se preocupe com ele, tanto se o objetivo é a obediência básica (como “sentar”, “quieto”, “vem”, que seriam as ordens básicas para ter um companheiro de brincadeiras bem adestrado), como se deseja metas mais elevadas, como provas de obediência, de campo, as de agilidade, de trabalho, etc. Muitos Labradores são tão inteligentes e tem um desejo tão forte de agradar que acabam se “auto adestrando”.

Os Labradores compreendem rapidamente o que seus donos gostam e o que não gostam. Tais habilidades auto aprendidas incluem vir quando é chamado, ficar onde dizem, não escapar pela porta cada vez que a abrimos, não pular nas visitas, permitir que o toquem e o acariciem, não fazer bagunça dentro de casa, etc.

Isso não deve ser mal interpretado, os Labradores devem aprender com você o que podem ou não fazer. Isso não é muito diferente de educar uma criança, os pais devem estar ao seu lado se querem que o filho cresça e amadureça de forma correta. Os pais ausentes não disciplinam, não ajudam e nem ensinam seus filhos. Os Labradores devem receber adestramento suficiente para se controlarem, obedecerem às ordens e agradar o proprietário.

O dono é quem controla em que tipo de cão o Labrador se tornará. O dono que proporciona o adestramento, orientação, ânimo e válvulas de escape para sua energia e empolgação terá um cão controlado e muito companheiro. O Labrador que não obtém uma orientação correta por parte de seus “pais” pode desenvolver problemas de conduta, entre os quais se incluem hábitos destrutivos, agressividade e morder por medo, mencionando apenas alguns deles.

O proprietário deve moldar seu Labrador para que se converta no cão com que quer conviver. Investir tempo, dinheiro e amor em seu cão pode gerar imensos benefícios. Subestimar o tempo e educação que um cão tão inteligente quanto o Labrador precisa pode ser o pior erro que um dono pode cometer; dedicar o tempo que ele necessita sem pressa o tornará um grande amigo e companheiro.

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